quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

"ABANDONO DE ANIMAL É CRIME"



Os milhares de animais que são abandonados todos os anos trazem consigo a tristeza nos olhos e têm uma “história” que tenta explicar essa barbárie. Os motivos que mais frequentemente estão associados
ao abandono são conhecidos, mas não exaustivos:

• A maior parte dos abandonos ocorrem nos períodos de férias.

Pelo fato de se pensar que não existem muitas alternativas para deixar os animais, os donos optam por se livrarem do empecilho que não iria permitir a estadia neste ou naquele hotel, optando muitas vezes por abrir a porta do carro em movimento, por exemplo na rodovia, que o levará ao paraíso prometido e que provocará o inferno ao animal.

Se para os humanos férias são momentos de alegria, para os animais abandonados são momentos de terror. A questão que vale a pena colocar é: que tipo de ser humano é que pode saborear umas férias sabendo que cão/gato que ontem era o seu animal de estimação, está naquele momento com sede, fome, ou até ferido/morto? Uma espécie de ser humano que nós não queremos ter certamente como amigo.

• A gravidez da dona do animal é outra causa frequente. A falta de informação e a crença de que os animais são portadores de todo o tipo de doenças e o medo dos perigos de contágio, tornam um animal um alvo a abater.
A maior parte das doenças que os animais podem ter não se transmitem ao homem e mesmo quando são transmissíveis, há cuidados elementares que eliminam o risco de contágio. Para além de que se o animal estiver saudável, com as vacinas em dia e devidamente desparasitado, dificilmente se torna um potencial foco de problemas.
Felizmente, milhares de donas esclarecidas, que continuaram normalmente a manter os seus animais de estimação, são a prova real e objectiva de que tanto preconceito não está sustentado em evidências científicas.

• É também frequente o abandono pelo fato de ter existido uma adoção irresponsável sem se ter em conta que a adoção é para a vida toda e que implica um conjunto de obrigações. Acontece muitas vezes que não são ponderados os custos financeiros para fazer face às necessidades de saúde e de alimentação.

Falta de conhecimentos para compreender e corrigir comportamentos dos animais (porque ladram muito, porque não são ensinados a fazer necessidades lá fora, porque marcam território…), significam muitas vezes, mais animais abandonados. É o dono que não sabe, mas quem sofre é o animal. Um exemplo, é a marcação do território por parte dos gatos, que se resolve com a esterilização do gato, mas que em muitos casos teve como consequência, mais um pobre animal abandonado à sua sorte.

A adoção tem que ser pensada nas suas diferentes implicações: as mudanças vão ocorrer e os donos têm que pesar os aspectos negativos e positivos e adotar em consciência. Para que à primeira contrariedade, o abandono não seja a solução.

• Divórcios, mudanças de casa, de País, são também causas de abandono.
Também aqui o dono pode e deve encontrar alternativas ou forma de acomodar o animal que é sua responsabilidade na sua nova vida.

• Há quem abandone por vaidade. São os donos que vêem no seu animal um sinal de estatuto. Se uma outra raça ficar na moda, esta fica descartável. Há que mostrar aos amigos que tal como se compra um carro de ultimo modelo, também se compra uma raça na moda. É por isso que ao contrário do que muita gente pensa, os animais de raça abandonados, são em elevado número.

• A doença e a velhice do animal são, mais uma vez, causas que os podem condenar ao abandono. É verdade que este fenômeno até se verifica entre as próprias pessoas. Isso não deixa de nos levar a considerar que o abandono de um animal nestas circunstâncias, é um ato verdadeiramente bárbaro e demonstrativo da ausência total de sentimentos e de ética, por parte de quem o pratica.

Não podemos esquecer outro tipo de abandono, associado a uma prática que já de si nos permite catalogar os donos destes pobres animais, a das lutas de cães. Não é raro que após a utilização do cão em lutas, quando o animal foi ferido e deixou de ser útil para um novo combate, seja também ele abandonado. E é por isso que se vão encontrando animais moribundos, com feridas graves, principalmente, nos maxilares.

Há ainda o abandono supostamente justificado, que decorre da incapacidade real do dono em continuar a manter o animal. Porque se perde o emprego, porque a doença impede que se trate, porque o dono morre. Ainda assim, mesmos nestes casos o abandono não pode ser a solução. Há que procurar encontrar uma solução junto do grupo de familiares, amigos, divulgando o animal em lojas de animais. Às vezes basta que alguém o possa acolher durante a fase menos boa que o dono atravessa. E se de todo for impossível uma solução deste tipo, as associações de defesa animal tudo farão para apoiar donos responsáveis que por motivos de força maior, reais, são obrigados a separar-se do seu fiel amigo.


Lembre-se, os animais também são seres vivos, eles também sentem e por isso nunca os devemos abandonar. O abandono de animais tem como consequência a sua morte quase certa  , devido aos inúmeros perigos a que o animal fica sujeito e à privação de comida e de bem-estar.


Fonte : Proteger o Ambiente.com