segunda-feira, 21 de março de 2011

"Eu amo muito cães SRD, mas também sou apaixonada em um da raça fox terrier do pêlo duro"

Eu amo cães SRD, mas também os de raça, enfim para mim não tem diferença, eu geralmente tenho a tendência de olhar para aqueles que estão sofrendo, precisando de mim. Tanto que levanto uma bandeira em prol  da raça pit bull, pobres animais que sofrem muito devido ao preconceito.



Hoje vou contar a história do meu príncipe Thor, um cão da raça fox terrier do pêlo duro, ou pêlo de arame.

Era início de junho de 2006, meu cãozinho SRD, Argos José, havia acabado de virar uma estrelinha, com 10 aninhos.
Como foi difícil, eu parei a minha vida para dedicar ao Argos naquele seu final de vida tão sofrido. Não trabalhei, não fiz nada naqueles dias, fiquei a seu lado o tempo todo. E o coitadinho sofreu muito com um cancer ósseo.
Um dia quando saí um pouquinho para ir no pet comprar um medicamento (ele havia ficado com meu marido) ele partiu para a sua viagem com Deus.
Eu te amo muito Argos José, você me fez um ser humano melhor. Você será eterno em mim.

Foi nesses dias tão sombrios em minha vida que uma protetora perguntou se eu poderia dar lar temporário para um filhote de 8 meses de fox terrier do pêlo duro que ela havia resgatado de maus-tratos. A tutora o comprou e como ele muito levado, ela batia nele e o coitadinho ficava o tempo todo amarrado em uma corrente super curta no fundo do quintal.

Quando eu peguei o bichinho ele estava imundo e tremia muito. Quando o soltei no meu gramado, ele corria feito um relâmpago, depois rolava na grama, muito feliz.

Não foi fácil os primeiros dias com ele. O Thor arrancou toda a parede de minha varanda, o meu gramado parecia campo de guerra, era um buraco perto do outro. Ele arrancou toda a espuma do meu sofá novo.
Teve um dia que chovia , estava muito frio, eu estava no meu quarto, ele chegou e pulou na minha cama, estava marrom, era só lama. Eu tive que levá-lo para o chuveiro.
Aquela coisinha mais linda era terrível, latia muito, não aceitava outro cão em casa, e passava o dia demarcando território, independente de ser o quintal ou a sala de visitas. E para tosar, era uma guerra, pois ele mordia o tosador.

Foi quando o veterinário que acompanha o Thor, me apresentou a Sara de @tudodecao. E ela através de um adestramento inteligente , de um modo todo especial, conseguiu fazer do Thor, esse príncipe.

Eu acho que se ele não fosse assim, eu não teria dedicado e apaixonado tanto por esse ser que precisava somente ser entendido e ajudado. E não o deixei ir embora mais.

Como não amar aquele bichinho, levado sim, mas muito feliz , esperto e brincalhão, que conseguiu com tudo isso, aliviar meu coração e me faz feliz até hoje.
Eu amo o Thor Mauger.